Vivemos num tempo apaixonante em razão das suas contradições! E
a relação que a nossa sociedade mantém com a saúde é uma delas.
O sentido da palavra “saúde” não cessa de se alargar. Ela
tanto designa os cuidados intensivos numa unidade de reanimação, como o jogging
das manhãs de domingo, passando pelos medicamentos de “conforto”. A frase “É
bom para a saúde” constitui uma etiqueta indiscutível. Além disso, a saúde
especializa-se por meio de técnicas cada vez mais científicas e espalha-se sob
a forma de crendices cada vez mais extravagantes. Por outro lado, se hoje em
dia se tratam doenças que no passado eram mortais, surgem doenças primárias
perante as quais somos ainda impotentes.
Será que estar com boa saúde significa não ter qualquer problema?
Assistimos atualmente a um conjunto crescente de doenças físicas bem como a uma
grande dificuldade em suportar a vida. No fundo, é o problema do sentido da
vida que se põem. – “Que utilidade tem o que faço?”, que implica a pergunta: “0
que vale a minha vida?”
A saúde precisa humanizar-se. E não apenas no que se refere às
condições de acolhimento de um grande hospital, mas, sobretudo, de modo a
permitir ao homem manter uma relação justa com a saúde. Certas pessoas
preocupam-se de tal modo com a sua saúde que dela se tornam escravas. E o
domínio da saúde passa pela condução da própria existência e, por conseguinte,
pela paz consigo mesmo.
A medicina moderna, dita científica, enganou-se
incontestavelmente no caminho nestes últimos cinquenta anos. Nunca antes na
história do mundo existiram tantas drogas, mas, em contrapartida, nunca antes
existiram tantas pessoas débeis, tantas pessoas verdadeiramente doentes: UM
terço dos indivíduos hospitalizados - um número aterrador - ocupam as camas dos
hospitais por motivo de doenças “causadas por medicamentos”. Muitas delas
morrem quando poderiam ter sido salvas.
Aqueles que consideram a medicina moderna como fonte de
descobertas infinitas, tanto no plano das preparações farmacêuticas como no
plano das intervenções cirúrgicas, avaliam frequentemente a medicina natural
como um travão indesejável ao “progresso”.
Os cuidados médicos “sérios” não concedem qualquer lugar às
vitaminas e aos exercícios físicos auto-prescritos (argumento ao qual não nos
oporemos). Mas o que é bom para o “progresso médico” ou para os “cuidados
médicos” e o que é bom para os seres humanos são duas coisas completamente
diferentes!
Os médicos receitam rapidamente medicamentos para acalmar dores,
quando em certos casos o recurso poderia ser uma solução simplicíssima. Um
exemplo: quantas dores de cabeça, perturbações da visão ou zumbidos nos ouvidos
não teriam cura se não se interviesse ao nível das vértebras cervicais, em
muitos casos, deslocadas?
Mais um exemplo? Quantas disfunções vagossimpáticas, que
resistiram a cuidados diversos durante vinte anos, não poderiam ser rapidamente
aniquiladas através da negativização elétrica? E em que consiste esta terapia?
Simplesmente em devolver às células do nosso organismo as cargas elétricas
negativas benéficas que estas perderam: todas as afecções degenerativas -
artrose, neuroses e afecções similares, diabetes, psoríase, cancro... - são
concomitantes de um excesso de carga positiva.
A medicina natural assenta num método lento e orgânico. Ela
começa por reconhecer que o corpo humano está maravilhosamente equipado de modo
a resistir às doenças e a curar as feridas. Assim, quando a doença se instala,
ou se produz um acidente, a primeira abordagem das medicinas naturais consiste
em ver o que pode ser feito para reforçar a resistência natural e multiplicar
os agentes de cura, a fim de que estes possam agir mais eficazmente contra o
processo patológico.
Puxemos à memória um pensamento chinês: “Não devemos acreditar
ou deixar de acreditar numa terapêutica, mas sim constatar ou não os seus
resultados benéficos”.
Os grandes pensadores gregos debruçaram-se sobre o papel
terapêutico da Natureza. Para Hipócrates, considerado fundador da medicina
científica, a Natureza está na base de todas as curas. Os diversos órgãos do
corpo constituem uma entidade harmoniosa, e a Natureza tem a possibilidade de
tratar as doenças. O papel do médico consiste em observar o doente, seguir os
progressos que a Natureza efetua em direção à cura e, eventualmente, ajudá-la.
Não deve de modo nenhum contrariá-la na sua ação curativa. “Primum non
nocere” significa que o dever do médico ou do curador é o de não perturbar o
desenrolar de uma ação benéfica.
A magnetoterapia, por exemplo, age rearmonizando as energias que
constituem a vida. Tende a estimular as defesas do nosso organismo e
coloca-o num estado capaz de responder e fazer face às agressões exteriores.
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