Nosso desafio está em re-inventar constantemente nossos modos de vida. Harmonia, equilíbrio, saúde são agora construídos por nós, constantemente
re-inventados.
Por isso, uma das características do pensamento
antigo é a necessidade de conhecimento da natureza, das leis do universo, para
a aquisição de um estado de equilíbrio, para atingir a harmonia. A atitude em observar a natureza e a realidade,
em procurar explicações justificadas nos fenômenos naturais, modificou o
conceito de harmonia, de equilíbrio, que agora, ao invés de ser procurado na
ligação com os deuses como era no passado mais remoto, passou a ser buscado no
conhecimento da natureza.
Esse novo olhar propiciou o surgimento dessa
mesma atitude na medicina grega, conferindo-lhe um caráter de observação da
natureza e da realidade do doente. Esse caráter levou a uma visão da saúde, que
compreende o todo e a conexão necessária entre as partes: corpo, mente,
sociedade, natureza em harmonia. A saúde consiste, então, nas relações
equilibradas entre as partes que constituem o todo. Assim, uma natureza
desequilibrada ou uma sociedade doente pode gerar "desequilíbrios" ou
"doenças" no ser humano, tanto quanto um desequilíbrio em uma parte
do corpo pode trazer prejuízos ao corpo todo.
O método proposto por Hipócrates (pai da medicina
grega) para o cuidado consistia no conhecimento da natureza humana e na
distinção da individualidade. O conhecimento do todo (elementos da natureza, da
região, da organização social, dos hábitos) permitiria o conhecimento da parte
e suas relações com o todo, buscando a saúde e o equilíbrio necessários a cada
indivíduo.
Hipócrates cita: "O esforço físico é alimento
para os membros e para os músculos, o sono o é para as entranhas. Pensar é para
o Homem o passeio da alma".
O exercício, do corpo e da alma, seria o
caminho para a manutenção da saúde, a profilaxia para a manutenção e
aperfeiçoamento do equilíbrio natural. Se o pensar é o exercício da alma, tendo
como objetivo o equilíbrio natural, o cuidado é necessário antes mesmo da
manifestação de uma enfermidade. Daí a necessidade constante de uma dieta
adequada, considerando dieta não apenas a organização dos alimentos, mas todo
um modo de vida, incluindo as relações humanas, o exercício do pensar e o
diálogo. Assim, a manutenção da saúde integral - corpo, alma, sociedade e
natureza - é encontrada através do equilíbrio, da harmonia.
Na Modernidade, corpo, alma, natureza e sociedade
passam a ser tratados como fenômenos isolados, estudados e abordados de maneira
dissociada. O dualismo mente-corpo e o método analítico, a cisão natureza e
cultura, a teoria do corpo isolado, o conceito de homem-máquina contribuíram
para a formação de uma concepção fragmentada do universo. Essa concepção
reflete-se nas questões humanas, na organização social, nos processos
educacionais, no cuidado com a saúde.
No que se refere à saúde do ser humano, o corpo é
separado dos demais aspectos, analisado em partes e, nelas, identificadas as
possíveis patologias. O foco torna-se a patologia e a parte do corpo à qual
está associada, em detrimento do todo do corpo e das demais dimensões presentes
na compreensão integral do ser humano. Com isso, o médico que antes se dedicava
muito mais à prevenção, à profilaxia do que à cura, ocupa a maior parte de seu
tempo tratando doenças já estabelecidas. O conhecimento das circunstâncias, do
ambiente, dos ventos, águas e regiões, dos hábitos, da organização familiar e
social é deixado em segundo plano, e a investigação via exames laboratoriais é
priorizada. Pesquisa-se o corpo isolado, seccionado, observam-se variáveis,
criam-se leis que explicam, por meio de uma suposta relação causa e efeito,
sinais e sintomas. O tratamento é generalizado e as características individuais
são negligenciadas.
As questões geradas
pelos constantes avanços e especializações da ciência, pelo resultado de uma
medicina cujo foco é a doença ao invés do humano, pela construção de formas de
vida que seccionam o humano, pela excessiva valorização do mercado e do lucro
fizeram necessária a busca de uma nova ordem, sobretudo no âmbito da ética.
A
Organização Mundial da Saúde (OMS) conceitua saúde como "'não simplesmente
ausência de doença ou enfermidade', mas como 'um estado de completo bem-estar
físico, mental e social'" (OMS, 2001: 17), resgatando a concepção de saúde
integral da Antiguidade Clássica.
E é
objetivando esta nova ordem voltada ao equilíbrio, harmonia e saúde das pessoas
que a ASIAGEM direciona seus esforços para o desenvolvimento de produtos que
possuam tecnologias agregadas mas com caráter de observação da natureza e
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